sábado, 27 de fevereiro de 2010

Minha história


Eu sou a primeira de três filhos. Nasci numa família que desde cedo me ensinou os valores cristãos. Meus pais me ensinaram a a ir à igreja. Eu fazia isso por obediência e também porque eu achava legal. Fiz amigos, tinha um tempo divertido com eles, me sentia bem nesse ambiente. Essa era a maneira que eu entendia de me chegar até Deus: estar na igreja.
 Quando entrei na adolescência alguns conflitos começaram a surgir. Eu via no meu colégio, entre os meus amigos uma vida muito diferente, com princípios às vezes até opostos ao que meus pais me mostravam. Estar com Deus nessa época era algo que não fazia muito sentido para mim. E na hora que as minhas convicções eram colocadas em xeque, elas simplesmente desapareciam. Eu não enxergava a minha vida como algo que tinha um propósito maior. Me sentia vazia e até hipócrita por parecer ser alguém que eu não era.
Nessa época, ter a aprovação das pessoas era algo tão importante para mim que eu me sentia por vezes reprimida, com medo de não ser aceita. Talvez esse mesmo medo  fosse aquilo que me afastava de ter um relacionamento verdadeiro com Deus. Apesar de estar distante de Deus, meu coração era sensível e eu sentia vontade de ter algo mais na minha vida, mesmo sem saber o quê.
Um dia, aos 12 anos, eu fui a um acampamento com um grupo de pessoas que queriam buscar mais a Deus juntos. Nesse fim de semana eu entendi que a falta que eu sentia era de Deus. Eu percebi que por mais que eu levasse uma vida "normal", eu nunca seria perfeita. Vi que precisava do perdão de Deus e do seu amor em mim. Então eu fiz uma oração recebendo a Cristo e me entregando a ele.
 Depois disso comecei uma caminhada que prossigo até hoje. comecei a entender melhor a vontade de Deus para mim. Vi que Deus me deu forças para crescer em áreas que eu tinha dificuldade. E continuo descobrindo mais sobre o amor de Deus até hoje. Nesse tempo eu pude descobrir que Deus é gracioso e não me trata pelo que eu mereço, mas ele tem o perdão para mim, por meio de Jesus. Deus me aceita completamente e a maior prova disso foi a atitude de amor radical de Jesus na cruz.
 Isso me ajuda na maneira como eu vejo as pessoas. Posso me sentir mais livre e me mostrar como eu realmente sou, pois existe alguém que me aceita plenamente. Hoje eu entendo que a minha vida tem um propósito maior. Sei que estou aqui para fazer coisas não somente do tipo que ficam por aqui. Mas posso investir o meu tempo e quem eu sou em coisas que vão durar eternamente.
 Ver a vida desse jeito me traz alegria. Não uma alegria besta que me faça rir o tempo inteiro e nunca chorar. Mas uma alegria real que me faz ter esperança mesmo na dor.

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