sábado, 19 de dezembro de 2009

Preparativos: O que rola nos bastidores?

Vou tentar explicar como funciona os bastidores de um projeto missionário do Alfa e Ômega. Talvez você tenha essa curiosidade e se pergunte: um projeto missionário dá tanto trabalho assim? Por quê?

Sim, um projeto missionário dá trabalho. E eu estou bem envolvida nisso. Um dos desafios que eu tenho é viver o equilíbrio entre descansar em Deus e ser diligente. Como cristãos, tudo o que fazemos deve ser pela fé. Mas andar pela fé também não é passividade, então precisamos ser "constantes na obra do Senhor". Parece simples? Pois está aí algo no qual eu preciso crescer. Quero (e preciso) confiar muito mais em Deus. Minha tendência é: começar a fazer um monte de coisas ao mesmo tempo. Depois, me desesperar por pensar que não vou dar conta. Depois vem a preguiça. Daí nessa hora, eu resolvo me render e ouvir a voz do Espírito que me chama para o arrependimento. E tenho vivido nesse ciclo ultimamente. Dependendo da graça de Deus.

Eu estou coordenando a parte mais administrativa do projeto (os outros dois coordenadores estão cuidando de outras áreas). Nós dividimos o trabalho em áreas e deixamos outras pessoas (que são integrantes da nossa equipe de trabalho) responsáveis por cada uma delas. Graças a Deus por essa equipe. Fica muito mais fácil dividir as tarefas! Nós temos cerca de 20 pessoas na nossa equipe. Pessoas do Rio, de Sampa, de Salvador, de Fortaleza e de Belém. Acredito que vai ser uma experiência edificante esse mês juntos. Eu espero que o nosso trabalho seja também muito divertido e que tenhamos um ambiente agradável entre nós.

Nessa fase de preparativos eu precisei até mesmo fazer uma viagem (bem curtinha) à cidade de Feira de Santana. Foi muito bom conhecer a cidade. Ela é pequena, mas para uma cidade de interior, é bem desenvolvida. Dizem que é a maior cidade de interior no Nordeste. O que posso dizer é que fui muito bem recebida lá! Fiquei hospedada na casa da família do Pr Jadson (da Igreja Batista Central). Acho que eles queriam me engordar, porque todos os dias tinha um café da manhã bem farto à mesa. E eu, como uma boa hóspede, aproveitei!

Todos os pastores que eu conheci foram receptivos à idéia do projeto. Isso me deixou feliz. Nós gostamos de fazer parcerias, pois enriquece a experiência missionária. Creio que Deus também é glorificado. Se nos juntamos como corpo de Cristo para fazer algo, estamos caminhando para unidade.

Agora, preciso fechar detalhes como: equipamentos que teremos que transportar para lá, o nosso transporte para o campus (geralmente fretamos um ônibus), o meu sustento para participar do projeto e materiais que precisam estar prontos para levarmos para lá.

Mas, além de uma oportunidade para colocar "a mão na massa", vemos o projeto também como um tempo de muito crescimento na vida de cada participante. Então ore também por isso. Ore para que Deus cuide tanto da estrutura que estamos preparando para o projeto ser realizado, como para que Deus opere grande crescimento  na vida de cada um de nós.

Até o próximo post!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Próxima parada: Feira de Santana

Estou intensamente envolvida nos preparativos para o Projeto de Verão do Alfa e Ômega em Feira de Santana. Esse projeto vai ocorrer durante o mês de janeiro. Além de missionários, como eu, estarão envolvidos cerca de 60 estudantes que vão "investir" suas férias em missões. Legal, né?

Como explicar o que é um projeto missionário? Acho que a melhor maneira de entender é participando de um! Trata-se de uma experiência missionária mais intensa. Em um período curto de um mês, queremos ver várias coisas acontecendo: a implantação de um novo núcleo do Alfa e Ômega na UEFS (Universidade Federal de Feira de Santana), pessoas conhecendo a Cristo e sendo edificadas pela Palavra, os estudantes que foram ao projeto (esses 60 que mencionei no início) recebendo treinamento que será usado no seu campus de origem e tendo uma oportunidade de cresce significativamente em seu relacionamento com Deus.
Acho que dá para perceber que esses alvos não são fáceis de serem alcançados. Mas é por isso que participar de um projeto missionário é tão desafiador: é uma ocasião para exercermos a nossa fé. Deus sempre nos dá desafios diferentes em cada projeto e dessa forma podemos aprender a confiar mais no seu poder e soberania.

Ore comigo para que Deus realize muito mais do que escrevi aqui em poucas linhas. Ore para que Deus cuide de cada detalhe desse projeto: dos preparativos que já estão ocorrendo, de todas as atividades que vão acontecer durante o mês de janeiro e dos frutos que virão depois. Ore também para que Deus libere todos os recursos que nós (missionários e estudantes voluntários) precisamos para estarmos em Feira de Santana.

Onde fica a minha casa?

Nesse primeiro post, aproveito para dizer que estou no Rio de Janeiro, minha cidade natal. Vim para passar o fim de ano, cuidar dos preparativos do casamento e continuar a cuidar de detalhes de um projeto de verão que participarei. Mas depois dessa temporada, volto para a Terra da Luz (para quem não sabe, o Ceará)

Já estou há um ano morando em Fortaleza, por causa da missão. Por isso o título: "Onde fica minha casa?". Amo a minha cidade e confesso que nos momentos mais difíceis da minha adaptação em Fortaleza desejei muito estar aqui. Senti falta da minha família, dos meus amigos, da vida que aprendi a levar. Conheço já tantos caminhos e rotas. O Rio é o meu lar.

Mas o que dizer de Fortaleza? Uma cidade que tenho aprendido a amar. Tenho lidado com diferenças culturais, dificuldades no ministério, mas também tenho experimentado um tempo bom. As pessoas fazem toda a diferença. Do meio do ano para cá, fui tão bem acolhida por novas amizades que fiz, que eles me trouxeram de volta a sensação de lar. Meu noivo e eu começamos a congregar em uma igreja e conhecemos pessoas muito legais, que aumentaram a nossa família em Fortaleza. Antes, esse grupo que eu chamo de "minha família cearense" era restrito às 6 pessoas que compõem a minha equipe de trabalho missionário lá.

Percebo que ter novos relacionamentos, me abrir para isso e encontrar pessoas abertas para amizade fez toda a diferença. O Rio é sim o meu lar, minha cidade maravilhosa para onde quero sempre retornar, por mais que o noticiário tente me assustar. Mas Fortaleza tem, aos poucos, se tornado o meu segundo lar. Um lar que também deixa saudades quando eu parto. Mas chegadas e despedidas é mesmo algo que faz parte da vida missionária.