sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ana honesta (uma crônica-desabafo)

Falta inspiração. Mas não falta vida. Sempre há o que escrever, então. Nem que seja um "escrever-descrever" descompromissado. Só mesmo um "botar para fora" o que rola dentro da caixola. Vou tentar. 

Vou falar de Ana, honesta. Perfil? Jovem, de seus vinte e poucos anos, universitária, da área de humanas. Ah sim, ela não sabe muito bem o que pensar sobre Deus. Quando entrou para a faculdade, se dizia simplesmente católica. Não havia muito o que pensar sobre isso. Ponto. Mas depois, não dava mais para simplesmente manter a indiferença  de sempre quanto a assuntos relacionados a Deus e à religião. Para facilitar, resolveu então concordar com o que alguns dos seus professores falavam.


Depois de ouvir pela quinta vez que Deus era um mito criado pelos homens, isso nem agrediu mais os seus ouvidos como no início. Ela cedeu. Mas, espere, Ana não é alienada não. Pelo menos em vários aspectos ela se mostra uma pessoa bem consciente. É, de longe, a mais politizada da sua turma. Participa ativamente do Centro Acadêmico de seu curso. Sem falar que Ana também é verde *. Ela é bonita, mas não de um jeito muito convencional. Se eu fosse colocar numa categoria, ela tem um estilo "alternativo" de se mostrar ao mundo. Ela é legal. Tem vários amigos e nem se esforça muito para isso. Mas, o que mais me intriga em Ana: ela é honesta.


Às vezes você sente falta de pessoas que se expressam com honestidade? Eu sinto. Eu gosto muito de conversar, e para ver Cristo sendo conhecido entre os universitários eu converso, e muito. Essa é uma das partes que eu mais gosto naquilo que eu faço: conversar. Converso com tanto tipo de gente. Não pretendo aqui falar da sociedade de um jeito científico. Vou falar simplesmente do que vejo. Vejo que os jovens universitários com os quais eu tenho contato (Fortaleza - Ceará) não apresentam grandes oposições quando eu tomo a iniciativa de conversar com eles sobre Deus. Levam numa boa. Ouvem. Porém, várias vezes eu saio de uma conversa dessas sem saber muito bem o que se passa por aquela cabecinha.


Sabe, aquela de escutar, falar "ahan" e elogiar porque estamos lutando por uma causa "bonita"? Nada contra esses comentários. Mas o que me incomoda é não saber de fato, o que aquela pessoa pensa. Eu vejo o cristianismo como algo que é muito além de uma causa "bonita". Ok, sei que as pessoas não são obrigadas a pensarem assim, mas eu queria ouvir pelo menos um: "sim, eu concordo", ou "não, não penso desse jeito" ao invés de um insosso "ahan". E por isso quis falar de Ana, a honesta da nossa história.


Dia desses encontrei com Ana. Ela com uma expressão de quem refletia em algo. Eu cheguei para interromper seus pensamentos, mostrando os meus. Falei de Deus, de Jesus, do plano dele para o homem. Falei e falei. E quando interroguei Ana pela primeira vez para saber o que estava pensando. Eu ouvi. Ouvi aquilo que me faria entender que Ana era uma daquelas pessoas. Alguém que não podia passar despercebido por esse mundinho. Em alguns momentos raros você pode conhecer alguém como Ana. 


Mas o que ela me falou não cabe mais nesse post. Termino aqui. Com o que eu escrevi já dá para pensar um pouco? Um dia falo da fala da Ana. 


(*: "verde": se importa com o meio ambiente e reflete isso nas suas escolhas)




Um comentário:

  1. Gostei muito do texto, Carol. Mas fiquei curiosa com o que a Ana disse. hehe

    Beijinhos.

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